segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Inclusão digital para a terceira idade

Enquanto as crianças tratam naturalmente os avanços tecnológicos, a terceira idade pode encontrar muitos obstáculos para se familiarizar com as diversas formas de se conectar com o mundo, como é o caso da internet. O computador, muitas vezes visto como um bicho de sete cabeças, quando descoberto faz com que a janela se abra para um mundo desconhecido, mas de diversas possibilidades. “Aprender a mexer no computador e navegar pela internet tira a gente das trevas da ignorância digital”, afirma a artista plástica Cândida Álvares.


Cândida participa do projeto Espaço Digital, da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais - Prodemge que, há 6 anos, promove a inclusão digital da terceira idade, a fim de integrá-la a uma nova realidade proporcionada pela tecnologia como forma de valorizar a cidadania na terceira idade. Segundo a coordenadora do Espaço Digital, Maria Terezinha da Silva, a descoberta mexe inclusive com a parte emocional dos participantes. “Muitas pessoas já chegaram aqui deprimidas, com problemas de saúde e de solidão, mas com o tempo foram totalmente transformadas”.


Para Terezinha, as transformações emocionais vivenciadas pelos alunos, são resultado das diversas formas de interação social que eles experimentam por meio da internet. “Os participantes do projeto ficam encantados com a possibilidade de ver outros países, outros lugares que nunca imaginaram estar” afirma. No projeto Espaço Digital estudam idosos de 60 a 87 anos que são instruídos individualmente, de acordo com seu desenvolvimento. A maior dificuldade que encontram é no manuseio do mouse, mas uma das primeiras atividades são os desenhos e jogos, que ajudam a trabalhar a coordenação motora de cada um.


O funcionamento do computador e seus sistemas operacionais como Windows, Word e Excel também são apresentados a eles, mas o foco do projeto é a internet. Eles também têm acesso a uma apostila, com informações sobre o funcionamento do computador e endereço de sites sobre temas diversos, mas o que eles gostam mesmo é responder e enviar e-mails, conta a coordenadora.Leni Barroso, de 70 anos é um desses exemplos. Seu filho sempre a enviava mensagens mas por não saber mexer na internet, não lia. “O email serve até mesmo para levantar a nossa auto-estima e a dos amigos com bonitas mensagens de reflexão”.


Onde fica: 3° andar da Biblioteca Pública

terça-feira, 18 de novembro de 2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Utopia é aquilo que ainda não foi conquistado


“O sonho não acabou”, afirma Gilse Consenza, assistente social, entre palmas e olhares emocionados ao descrever sua luta na revolução de 1968 na palestra “um olhar feminino sobre a luta política”. Um ano mágico que segundo ela mudou a vida de todo o mundo. Segundo a militante, na década de 30 os jovens viam um mundo arrasado, diante a tal revolta estouraram os movimentos.



Fora dos padrões da época Gilse conta que era crime pensar, conhecer e questionar. As pessoas que buscavam informações e estudavam eram consideradas uma ameaça. “O meu currículo da faculdade foi usado como peça de acusação que eu era subversiva inteligente e perigosa”, completa.
Hoje ela luta pelos direitos humanos e abomina a idéia de haver torturas físicas e psicológicas no Brasil. “Faço questão de viver pra dizer a minha neta que participei da construção de um Brasil melhor, valeu a pena lutar, sofremos muito, mas a ditadura foi derrotada e hoje podemos gozar do sacrifício daquela época. Estou com 64 anos, foram quase 50 de luta e se o tempo voltasse eu faria tudo de novo”, conclui Gilse, diante uma platéia eufórica no auditório da Faculdade Estácio de Sá.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Não basta criatividade, também existe burocracia

Porque não o meu? Lamenta Diego de Almeida, 26 anos, proprietário do restaurante Sabor a Mi, no bairro Prado. Ele conta que á vários anos tenta participar do concurso gastronômico Comida di Buteco, no qual o público e uma comissão julgadora elegem o melhor tira-gosto entre os vários bares participantes. Diego afirma que a burocracia é muito grande e que já existe uma ¨panela¨ formada entre os bares e a organização. Ele diz que seu restaurante se enquadra em todas categorias necessárias para se participar do evento, porém sempre surgem dificuldades e negativas que o deixam desmotivado e descrente que o concurso seja idôneo.

O Comida di Buteco é um ponto positivo para os adoradores do fim de tarde acompanhado do bate papo com os amigos, a cerveja gelada e o bom tira gosto que não pesa no bolso. O concurso chama atenção dos comerciantes em melhorar o atendimento, a higiene e a qualidade dos produtos, além de incentivar investimentos na estrutura dos bares.

O evento foi idealizado pelo gourmet Eduardo Maya, produtor e apresentador do programa Momento Gourmet e surgiu da parceria entre ele e a Rádio Geraes FM. Segundo Eduardo o evento é aberto a todos, porém existe um processo de seleção, já que Belo Horizonte possui muitos bares. Ele ressalta que além de agitar a capital o evento chama atenção para a importância dos Botecos, que são um elemento presente na cultura de Belo Horizonte.

Na primeira edição, em 2000, foram 10 bares participantes e o público girou em torno de 20 mil pessoas.Em 2006, participaram 36 botecos. Em 2008 são 41 bares participantes e o público estimado é de aproximadamente 70 mil pessoas. Os interessados podem obter mais informações site http://www.comidadibuteco.com.br/.

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Bate papo com Domingos Meireles

Jornalista por excelência, já que não possui curso superior, Domingos Meireles, iniciou sua carreira no jornal ¨Jornal A ultima hora¨. Em palestra aberta ao público realizada na Academia Brasileira de Letras, Domingos contou um pouco de sua história e falar do livro “1930 – Os órfãos da revolução”, que ele demorou 20 anos pra escrever, percorrendo vários lugares atrás de boas histórias.
Atuou de 1968 a 1971 na Revista Realidade, durante dois anos no Jornal da Tarde, dois anos no Jornal o Globo, Estadão e hoje trabalha na Rede Globo. Sua primeira reportagem foi exibida no Jornal Nacional e Fantástico, mas ele conta ter sido mal recebido pela equipe.
A palestra teve a participação de vários estudantes e o livro estava disponível para a venda, e o jornalista ainda sugeriu em tom de brincadeira que as pessoas fossem inclusive as Lojas Americanas onde o livro pode ser parcelado em até dez vezes

segunda-feira, 10 de março de 2008

O sonho do esporte mineiro

Movido pela paixão, Renato Magalhães Simão, 34 anos, pretende ser um diferencial como jornalista no esporte mineiro. Estudante do 7º período de jornalismo na faculdade Estácio de Sá, Renato lamenta o pequeno espaço dado aos times do interior de Minas Gerais nos jornais mineiros, e o destaque aos times de estados como Rio de Janeiro e São Paulo. Sua monografia será uma espécie de denuncia e desabafo desse descaso.
Renato já atuou em vários segmentos do jornalismo, como a Radio Capital, a TV Comunitária, na LZ comunicação e garante que supriu suas expectativas até o momento. Seu sonho é trabalhar como jornalista esportivo em rádio, porém as oportunidades no mercado de trabalho preocupam o estudante, segundo o ele o espaço dado aos novos profissionais é pequeno. Fora do mercado ele trabalha em sua confecção, que presta serviços a grades marcas.
Seu passatempo nas horas vagas é ler, Renato brinca ao afirmar que lê de bulas de remédios, caixas de sapatos a livros consagrados. Além de ver TV que segundo ele além de manter informado distrai.

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